E-commerce deve crescer 15% em 2018 e chegar a R$ 69 bi de faturamento
O e-commerce brasileiro deve crescer 15% em 2018 em relação ao mesmo período do ano passado, com previsão de faturamento de R$ 69 bilhões. O ano pode registrar mais de 220 milhões de pedidos nas lojas virtuais, com um tíquete médio de R$ 310. Em 2017, o e-commerce obteve faturamento de R$ 59,9 bi e fechou com 203 milhões de pedidos e um tíquete médio de R$ 294. Os dados são da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
De acordo com o relatório da associação, a dependência das lojas de e-commerce em grandes marketplaces, como Americanas, Submarino e Amazon, é evidente em quase todas as categorias de compra, já que 31,5% das vendas são efetuados neste canal. O Sul é a região com a melhor taxa de conversão média (1,5%).
Reginaldo Stocco, cofundador da VHSYS, startup que fornece solução tecnológica para gestão empresarial, confirma a tendência e afirma que ferramentas de integração com grandes lojas virtuais aliadas a softwares de gestão de vendas devem ditar o mercado. “Os números apontam para os marketplaces e o principal impulsionador das compras online continua sendo a comodidade, tanto para quem compra quanto para quem vende. Os pedidos precisam ser faturados com mais rapidez, o estoque precisa ser controlado com exatidão, o controle de entrada e saída de dinheiro do caixa precisam ser feitos com segurança. Ferramentas de integração acabam conectando os lojistas com os principais marketplaces e oferecem softwares para controle de venda e gestão”, diz.
As categorias que mais dependem de vendas por marketplaces são eletroeletrônicos, cama, mesa e banho, ferramentas e produtos para bebês/crianças. Os canais com menor porcentagem de vendas são moda e acessórios, sexshop e móveis para a casa.
Smartphone
Com a maior presença dos smartphones, a parcela de compras por dispositivos móveis cresceu de 22% para 31% entre 2016 e 2017. O desktop ainda predomina, mas de acordo com o relatório da ABComm, o mobile deverá crescer rapidamente em até quatro anos e será o principal dispositivo em acesso e conversão.
Taxa de conversão
O Sul é a região com a melhor taxa de conversão média (1,5%), seguido do Sudeste (1,4%), Centro-Oeste (1,3%) e Norte (1,0%). O Nordeste tem a menor taxa de conversão, com 0,9%.
Sazonalidade
O número de pedidos está mais concentrado no 2º semestre, com 55,2% das vendas do ano de 2017. O mês com maior número de pedidos foi novembro, que concentra as vendas da Black Friday e do Natal.
Os meses com menor número de pedidos são janeiro e fevereiro, por causa das férias escolares do verão.
De acordo com relatório da ABComm, a categoria com mais itens por pedido foi a de alimentos e bebidas, que considera as vendas de supermercados (15,7 itens por pedido), seguida de ferramentas, com 10,5 itens por pedido.